Chegou a hora da vistoria no apartamento

Em janeiro desse ano, anunciei aqui a VENDA da casa em que moramos e falei da nossa aquisição: a casa o apartamento próprio.

Pois é, 7 meses se passaram, a casa ainda está a venda e nós ainda moramos nela.

A novidade é que estamos bem próximos de nos mudarmos. Dias atrás numa ligação, isso ficou evidente. Era chegada a hora da vistoria do apartamento.

Pode parecer bobo, mas gente, ninguém tem noção da ansiedade, alegria e emoção que tomou conta de mim. Tudo junto e misturado. Data e horário marcado estávamos os três lá: eu, Marido e Benjamin. Ah, a Ana, arquiteta também.

Quando vi Benjamin andando pela área da piscina, quadra de futebol, quase tive uma parada cardíaca causada por forte emoção. Ok, exageros a parte, fiquei bem emocionada. Uma sensação de tarefa sendo cumprida. Porque agora, depois do meu Ben na minha vida, é diferente o sonho da casa própria. É por ele, é para ele.

Ao entrar no apartamento….sei lá, passou um milhão de coisas na minha cabeça – das quais vou registrando por aqui ao longo das próximas semanas.

Eu tinha outra imagem do apartamento. Achava que ao entrar, cozinha, sala, corredor para os quartos, fossem tudo para a esquerda (não sei de onde tirei isso, mas nesses dois anos e meio, quando fechava os olhos e pensava no apartamento era assim que eu o via). Na verdade é tudo para o lado direito, me senti canhota mesmo não sendo. A louca! Depois de um tempo lá dentro, me acostumei.

Nosso apartamento está lindo, com tudo funcionando corretamente, na varanda bate um ventinho gostoso que invade a sala, a luz também toma conta de todo o ambiente.

Benjamin correu por todos os lados, escolheu seu quarto (que era já, o qual em pensamentos, eu destinava para ele), fez questão de ajudar a testar todas as tomadas.

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A ansiedade agora está grande para mudarmos. O mais legal é que agora, após ter entrado nele, consigo sonhar com o jeito que quero deixá-lo, as coisas que vou colocar nele, o lar doce lar que quero transformá-lo….

*

Você está passando ou vai passar por uma fase parecida com a nossa?

Separei alguns links com dicas para você se preparar para a vistoria do apartamento:

Promessa de mudança de hábito

Sabe promessa de final de ano? Eu estou assim com relação ao apartamento. Ando falando que vou fazer tudo quando mudarmos.

“Quano mudarmos….vou fazer a transição do Benjamin do berço para caminha”

“Quando mudarmos…. vou colocar o Benjamin na natação.”

“Quando mudarmos….vamos voltar a fazer as refeições à mesa.”

A mais nova promessa é: vou colocar uma rotina para tomarmos café da manhã, mas só….quando mudarmos.

Calma, Benjamin toma café da manhã! Quem não toma são os pais. Durante a semana, não comemos e bebemos absolutamente nada. Estamos sempre com horário apertado e não temos esse costume.

No entanto, Benjamin está crescendo e está na hora de implementarmos algumas rotinas para que ele tenha o costume. É o tal do exemplo.

Aos 32 anos, vivo ouvindo sermão dos meus pais e de tias sobre a importância de tomar café da manhã, que é a refeição mais importante do dia, dá mais disposição e ainda aumenta nossa capacidade de concentração.

Você não dá importância para tais sermões até se tornar mãe. Aí você passa a querer o melhor para seu filho e isso inclui mudar seus hábitos também.

Em 2012, a Nestlé, encomendou um estudo no Brasil, no qual foi avaliado a percepção de 300 profissionais da educação sobre os hábitos alimentares dos alunos e, 64% desses entrevistados afirmaram perceber que os estudantes não tomam café da manhã. O indicativo era falta de atenção e dificuldade de concentração durante as aulas.

Ou seja, meus pais e minhas tias estão certíssimos no sermão.

Entre os educadores entrevistados, 89% reconhecem que a falta de café da manhã influencia o aproveitamento das aulas e 95% entendem que crianças alimentadas têm mais disposição para aprender.

De acordo com a Pirâmide Alimentar Brasileira, um café da manhã balanceado deve incluir alimentos que oferecem energia e todos os nutrientes em quantidades e proporções equilibradas. Um exemplo, da Nestlé, de um café da manhã balanceado com cereais matinais pode incluir:

  • 1 porção de cereais (preferência aos grãos integrais, que fornecem fibras e nutrientes essenciais);
  • 1 porção de leite ou produtos lácteos (boas fontes de cálcio);
  • 1 porção de frutas (fonte de vitaminas e minerais)

Paola, minha amiga-mãe-blogueira e nutricionista, do Maternidade Colorida, ressalta “para cada idade, existem alimentos corretos para se ter uma alimentação saudável e equilibrada”. Segundo ela e vários outros nutricionistas que já ouvi, inclusive, a Sociedade Brasileira de Pediatria, bebês e crianças até 2 anos não devem ingerir açúcar. E as maiores podem consumir com moderação. Paola cita exemplos: se tomar leite com Nescau cereal, não precisa acrescentar açúcar; se colocar achocolatado, também não precisa do açúcar. “Uma boa forma de adoçar o leite é batê-lo com frutas doces: banana, mamão, maça”, sugere a nutricionista.

A vida é feita de escolhas. E incluir 20 minutos do dia para um café da manhã em família, só pode agregar coisas boas, entre elas, harmonia, cumplicidade, a troca de momentos que farão toda diferença ao longo do dia e de nossas vidas.

O Desfralde

Sabe notícia inesperada? Então, recebi sexta-feira passada. Chegou a fase mais temida pela mãe aqui, o desfralde!

O mais engraçado é que nesse mesmo dia, uma colega da faculdade, também mãe, me perguntou sobre o desfralde do Benjamin. Respondi toda relax que ainda demoraria.

Nesse ano já havia conversado com a escola sobre o assunto e fui informada que ainda demorava, que Benjamin precisava dar mais sinais, além de saber falar, que provavelmente o desfralde aconteceria só no segundo semestre.

Interpretei a mensagem da seguinte forma: só quando Benjamin construir frases literárias, lá com 2 anos e 6 meses. Ou seja, final do segundo semestre.

Mas o segundo semestre começa em julho, Benjamin já completou 2 anos, já fala, já compreende o que falamos, algumas vezes arranca a fralda, faz xixi no vaso quando vai pro banho, reconhece o penico, e por mais que seja díficil para mãe assumir, o bebê já se tranformou numa criança, um moleque arteiro.

Receber notícia que você não espera, na maioria das vezes te pega de supetão. Eu que quase nunca abro a agenda do Benjamin, encasquetei de abrir na sexta-feira passada e me deparei com um comunicado extra oficial e gigante:

“Processo Desfralde – Benjamin”

Quase tive um surto!

Achei super bacana o comunicado da escola. Cheio de explicações, dicas e orientações sobre o processo. Transmitiu-me muita confiança.

Existem várias cobranças na vida materna (ou muita gente precisando achar o que fazer, além de cuidar da vida do outro): “já anda?“; “ainda não fala?”; “ainda toma na mamadeira?”; “quando vai largar a chupeta?”; “quando vem o irmãozinho (a)?”, etc. O controle dos esfíncteres é só mais uma entre tantas cobranças da sociedade.

Eu brinco falando que tenho preguiça dessa fase de desfralde. Tem um fundo de verdade nessa brincadeira, admito. Mas tenho muito mais tranquilidade. Primeiro, porque procuro me informar. Segundo, porque nunca vi criança de 8 anos ou adulto usando fralda. Não tenho é pressa.

Portanto, vamos iniciar essa fase com muita paciência e tranquilidade. A escola começa o processo hoje e estabeleceu conosco algumas combinações, porque o ideal é essa fase acontecer de forma conjugada – escola e pais atuarão juntos!

Aos finais de semana, estamos incumbidos de fazer um relatório dos horários que Benjamin fizer xixi e cocô.

Algumas pessoas andaram me perguntando se eu acho que Benjamin está preparado. Sinceramente, comecei a achar isso desde janeiro desse ano. Até compramos cuecas, penico, mas depois de uma conversa com a escola, não fizemos tentativas, ficamos só conversando com Benjamin.

Pouco antes de completar 2 anos, Benjamin começou a pedir pra fazer xixi no vaso toda vez que ia tomar banho, passou avisar que tinha feito cocô, demonstrar incômodo e até tirar a fralda.

Recentemente, parou com isso.  Mas parece que na escola ele tem demonstrado interesse. Somado ao fato que ele é o mais novo na sala – a maioria das crianças de sua sala, completam 3 anos agora no segundo semestre. Deve ver as crianças já nessa fase e acaba aprendendo por repetição – como todos os aprendizados das crianças.

Mas em geral, ele demonstra ter conhecimento desses desejos e compreende tudo o que falamos.

Vamos iniciar o processo sem neura e se não der certo – o que pode ocorrer, voltamos para trás. Que mal há nisso? Acredito que nenhum. O importante é todos, principalmente nós, pais, estarmos seguros e conscientes, para transmitir a segurança necessária para os pequenos.

Sei que desfralde é assunto comum entre os blogs maternos, mas agora começa a transição do Bossa Mãe nessa fase. A partir de hoje vou compartilhar aqui como está sendo nossa experiência. Vem com a gente!

A Homenagem

Em plena antevéspera do Dia dos Pais, o tema da postagem de hoje é uma homenagem à mãe, também conhecida como a editora chefe do blog. Contradição? Não, eu chamaria de merecimento…

Então resolvi fazer uma tabela de “prós e contras”, com os termos “qualidades e defeitos”, para construir esta dedicatória. Acho que o resultado vai ser bom…

QUALIDADES

  1. Determinação: Gabi é uma pessoa bastante determinada, desde que a conheci. Para ela, os sonhos são realizáveis.
  2. Escreve bem: ela consegue, como ninguém, transformar sentimentos em palavras escritas.
  3. Ama infinitamente o Benjamin: estimo que ela nem tinha ideia de que poderia amar alguém tanto assim. Além de mim, é claro.
  4. Romântica: ela é bastante romântica, como à moda antiga. Hoje em dia, poucas pessoas são assim.
  5. Feliz: ela emana felicidade, principalmente sob o Sol.
  6. Sonhadora: ela sonha, acredita e realiza.
  7. Bonita: sou suspeito de falar, não preciso nem comentar, né?
  8. Popular: Gabi tem habilidade de atrair amigos, de se enturmar facilmente. Queria eu ter essa habilidade.
  9. Empreendedora: o blog foi uma iniciativa dela, algo que começou pequeno e até despretensioso. Hoje está crescendo, abrindo espaços e gerando boas expectativas.
  10. Sortuda: encontrou a pessoa perfeita para a acompanhar por toda a vida, e acho que nem precisou procurar tanto assim. Que maravilha!

DEFEITOS

  1. Até o final da edição deste post, nenhum defeito foi encontrado.

Te amo!

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Dica de Passeio – Utilidade Pública

Domingo de Sol, família reunida e feliz, tudo mais-que-perfeito para passear. Pensa um pouquinho, sugere algumas opções, avalia o que é bom, bonito, barato, perto e que o Benjamin vá gostar e logo definimos nossa escolha… vamos ao Zoológico!

Então começam os preparativos. Separa a roupa que ele vai vestir, roupa leve porque tá calor. Separa muda de roupa para levar na mochilinha, vai que muda ou tempo ou ele vaza a fralda. Depois os apetrechos para a higienização/desinfecção , fralda, lenço, pomada, etc. Em seguida os mantimentos, lanchinhos, fruta, água, kit-leite, biscoitos. Por fim, as quinquilharias que variam de acordo com o tipo do passeio, como câmera fotográfica, boné, algum brinquedinho ou livro, CDs ou DVDs pro carro, carrinho do bebê. Armada toda essa estrutura de um show de rock, embarca tudo no carro e vamos embora.

A caminho, tudo perfeito, tudo maravilha… Até chegar à metade do trajeto. Cerca de uns 3km antes do parque, tudo para. Trânsito, trânsito, trânsito. Densidade demográfica alta, marcha do carro lenta. Começa a peregrinação rumo aos bichos. Quinze minutos depois, nem 100m à frente. Meia hora depois, mais uns 200m. Uma hora depois, nem sinal do tal parque, muito menos dos bichos. Não é possível que todo esse mundo de gente esteja indo pro Zoológico. Não é possível que não tenha mais vaga no estacionamento, são 2.000 vagas, consultei no site. Não é possível que não vamos entrar…

É possível sim.

Depois de passar uma vida inteira no carro, chegamos na frente do Zoológico. Realmente o estacionamento está lotado. E tamanha é a multidão em frente à bilheteria, e pra fora do portão do parque, que chega a dar dó até dos animais. Viemos até aqui e não vamos conseguir entrar.

Então, fica a dica para o passeio familiar: NÃO VÁ, SOB HIPÓTESE ALGUMA, AO ZOOLÓGICO NOS DOMINGOS DE SOL!

O policial na frente do parque que não me deixava mentir, pois dava suas dicas com todas as letras: “Ah, veio até aqui e está com a família no carro? Não tenha dúvida, desce pro litoral. É mais rápido e você curte mais. Quer vir no Zoológico, vem de semana que é tranquilo.”

Mas não fomos tão radicais quanto o guarda e estendemos nossa aventura pro Zoo Safari. Sem melhor opção na manga, foi o que nos restou, tipo um prêmio de consolação. E meia hora depois, estávamos lá, na boca do outro parque, prontos para ver os animais, só que de dentro do carro.

Não ouso dizer que o passeio foi ruim. Na verdade a circunstância foi ruim, a situação cansativa, mas se o passeio não fosse legal, não renderia boas fotos.

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Brincadeiras

Engraçado que, não sei porque, mas minha relação com o Ben envolve muita brincadeira. Acho que é o jeito dele, só pode! Ele é uma pessoa feliz, de sorriso fácil e natural. Dono de uma gargalhada gostosa de ouvir, que não é nada difícil de aparecer.

Parei para pensar e rapidamente consegui eleger pouco mais de 10 ocasiões que costumam render boas brincadeiras:

  1. Hora de tomar banho: ele leva os brinquedos pra água e tome gargalhada;
  2. Ao acordar: não é sempre, mas tem dia que o sorriso aparece antes mesmo dele abrir os olhinhos;
  3. No almoço: o bocão para estacionar a colher cheia de arroz é uma festa;
  4. Entrar na escolinha: se tiver acordado, nem despede de você direito, já corre para brincar com os amiguinhos;
  5. Ir embora da escolinha: faz a farra lá mesmo, na frente do portão. Pula, grita, abraça, dá beijo, joinha, sorrisos;
  6. Ir à feira: além de sempre ganhar uma banana na barraca, tem o parquinho ao lado. Não precisa nem comentar, né?;
  7. Ir ao supermercado: já quer logo ir pra dentro do carrinho, ficar segurando as compras, mexendo nas prateleiras, comendo pão;
  8. Trocar a fralda: deita, recebe cócega, pega no pinto, mostra a barriga, mostra o pinto, só farra;
  9. Comendo a fruta: de longe você ouve o “qué uva!” ou “bananá!”;
  10. Na vistoria do prédio: quis testar as tomadas com uma lâmpada adaptada, a luz acendia e a gargalhada surgia;
  11. Subir e descer a escada de casa: pulando, contando os degraus e rindo, é claro.

Mas aí paro pra pensar: até quando o Benjamin vai querer brincar comigo, jogar bola pro papai, adivinhar os desenhos que faço, reconhecer os bichos adesivados na parede? E de repente bate uma saudade enorme de um tempo que ainda nem passou. Mas que voa… Vamos aproveitar mais Benzinho, espera um pouco para crescer e vamos andar de patinete na pracinha.

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Gastronomia Paterna

Na vida de pai, não basta apenas ser o super-herói do seu filho. Tem momentos em que você  precisa ir além disso, superar obstáculos maiores e enfrentar inimigos muito mais fortes do que você um dia imaginou. São situações que acabam virando corriqueiras, em que você vai ter que dar banho num bebê pequenininho, por exemplo, trocar uma fralda vazada de cocô ou até mesmo cozinhar!

E falando em cozinhar, vou passar uma receita que, se eu consegui fazer, vocês farão com mais facilidade e melhor ainda. O prato do dia será: Frango Xadrez!

Ingredientes (e comentários para os leigos):

  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva (colher de sopa é aquela maior que tem na gaveta, geralmente tem um monte delas iguais)
  • 2 cebolas médias cortadas em cubos (cebola pequena, para mim, é daquelas de conserva, sabe? Cebola grande só pode ser aquela do Outback. Então as médias são todas as outras que ficam entre essas duas)
  • 2 dentes de alho esmagados (dente é um pedacinho do alho, ele inteiro é cabeça)
  • 500g de filé de frango sem pele cortado em cubos (diz se ‘quinhentos gramas’, nunca ‘quinhentas gramas’)
  • Sal a gosto
  • 1 pimentão verde, 1 vermelho e 1 amarelo cortado em cubos (é exagero colocar tudo isso, pimentão é forte, mas fica colorido e bonito)
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Cores, cores, cores!

  • 1 xícara de chá de cogumelos em conserva cortados ao meio (também conhecidos como champignons)
  • ¼ de xícara de shoyu (aqui não diz que xícara é, mas vai na mesma que você já pegou pra medir os cogumelos)
  • 1 colher de sopa de maisena (também conhecido e vendido como amido de milho, é a mesma coisa!)
  • ½ xícara de chá de água
  • 2 colheres de sopa de amendoim torrado
  • 2 cervejas long neck ou lata, de sua preferência

Modo de preparo:

  1. Em uma frigideira ou panela grande, misture a metade do azeite, as cebolas e o alho e deixe fritar
  2. Enquanto frita, separe os 2 últimos ingredientes da receita. O amendoim você coloca numa vasilha e a cerveja num copo de vidro. Sirva-se à vontade, pois eles serão seus companheiros enquanto cozinha
  3. Retire as cebolas e alho fritos e coloque em um prato
  4. Na mesma panela, coloque o sal, o restante do azeite e frite os pimentões e cogumelos por 5 minutos
  5. Tire e coloque em outro prato (ou no mesmo, se você quiser… o prato é seu mesmo)
  6. Ainda na mesma panela, coloque o frango e frite até dourar
  7. Essa etapa demora um pouquinho, então se a cerveja acabar, abra a 2ª long neck
  8. Coloque todos os ingredientes novamente na frigideira, misture bem com uma colher de pau e refogue por mais 2 minutos
  9. Em uma xícara, misture o shoyu, a maisena e a água

10. Mexa bem e junte à mistura de frango

11. Cozinhe mexendo constantemente até formar um molho espesso (e isso acontece mesmo, incrível!)

12. Coloque em uma travessa e sirva quente

Aqui, deu certo algumas vezes. Toda a família, inclusive o Ben, provou e aprovou.

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O dia em que me tornei pai

Em 16 de junho de 2011, a Câmara dos Deputados aprovava sigilo para orçamentos da Copa de 2014. O tempo era aberto e seco na Grande S. Paulo, com mínima de 10o e máxima de 23o. A cotação do Dólar era de R$ 1,60. O time do Santos empatara o 1º jogo da final da Libertadores com o Peñarol, do Uruguai, um dia antes e viria a ser tricampeão na semana seguinte. O ex-jogador Edmundo era considerado foragido e fora preso em São Paulo, responsabilizado pelo acidente que se envolveu, em 1995. E o jornal estampava fotos do 1º eclipse total da Lua neste ano.

Mas a principal notícia, para mim, viria precisamente às 22:28h daquele dia comum. A chamada veio um pouco antes, com uma enfermeira que me encontrou num corredor enquanto aguardávamos o resultado de uns exames: “pai, baixou o líquido amniótico, vai ter que nascer hoje!” Parecia um band-aid sendo arrancado de uma vez só, sem tempo para pensar ou reagir. E enfim, naquela noite, fechamos com a chegada do Ben, que personificou toda a nossa felicidade numa pessoinha de pouco mais de 52cm e quase 4kg.

Pai tem aquele lance de ser pai mesmo só quando o filho(a) nasce. Pai não sente os chutes dentro da barriga, as vibrações que a mãe sente, não tem aquela ligação íntima antes do nascimento e não se sente 100% pai antes do parto. Antes de nascer, o pai até conversa com a barriga, fala pelo umbigo, tenta ouvir coisas, sons, barulhos, mas não é a mesma coisa que a mãe.

E o nascimento do bebê vem para completar essa lacuna. A partir daí, o pai tem contato com a criança, pega no colo, sente os movimentos, a respiração. Pega no pezinho, na mãozinha, sente o pequeno grande peso da cria. Acho que é por isso que entregam no nosso colo, na sala do parto. A mãe já era mãe há alguns meses, o pai nasceu naquele momento…

*

Crédito das notícias do dia: Tio Mauro, que nos presenteou com o jornal do dia do nascimento do Benjamin. Presente-lembrança inusitado e que guardo com carinho até hoje, que quero mostrar ao Benjamin quando ele crescer e entender melhor.

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Reunião de pais (participativos)

Sábado passado teve reunião na escolinha. Imagina meu sofrimento na semana anterior. Tinha marcado um curso de scrapbook, agendado há 2 semanas, e que acontece a cada 15 dias. Não tinha conseguido ir no anterior e não queria abrir mão de ir nesse sábado (fazer scrap me acalma e eu precisava muito disso).

Acontece que era a reunião semestral, os pais receberiam os trabalhos dos seus pequenos, no meu caso, saberia como anda o desenvolvimento do Benjamin na sua nova turma (há 3 meses meu bebezico mudou para o maternal). Não queria abrir mão de ir na reunião da escolinha também.

A vida é cheia de escolhas, mas vida de mãe é uma escolha só: filho!

Mas se o filho tem pai, e um pai participativo, porque não dar espaço para ele?

Conversei com o marido e ele não viu problemas em ir no compromisso escolar do nosso filho. Senti que ele até gostou da ideia – confirmação que tive ao encontrá-lo após a reunião.

Até falei que isso renderia um post aqui e ele logo adiantou: “acho que isso não seria bom”. “Por quê?”, perguntei. “Porque você tem uma imagem materna para zelar, é conhecida nesse mundo (cof cof cof), não vai pegar bem dizer que você deixou de ir na reunião escolar do seu filho para ir a um curso de scrap”.

Oi???”

Aí que decidi ir mesmo (ao curso)!

Fui. E marido foi à reunião. Chegou todo empolgado me contando como tinha sido. Ele foi um fofo anotando os tópicos da reunião para não esquecer de compartilhar nenhuma informação comigo.

Além de ter um breve e raro momento de prazer só meu, acho que fiz um bem danado ao dar esse espaço para o marido. Ok, que ele recebeu notícias bacanas, como por exemplo, a abertura de mais uma unidade da escolinha.  Mas foi bacana para nós dois essas escolhas.

*

Sinceramente, entendo quando meu marido disse que isso não pegaria bem. As pessoas, em geral – acho que não é o caso dos meus queridos leitores pessoas engajadas, modernas, pra frentex – não estão acostumadas e muito menos preparadas para pais participativos. Nós mães, queremos que eles assumam tarefas, mas não abrimos espaço (reflita!). O mercado de trabalho não está preparado para isso. Um exemplo: o pai da criança avisa que vai chegar mais tarde porque vai levar o filho ao pediatra e de reposta o chefe fala “sua esposa não pode ir?”. Porque ela deveria ir e ele não? Se ele vai levar é porque no mínimo a mulher não pode, afinal, as mães ainda prezam o seu papel de mãe.

Mas esse cenário está mudando. Fala-se muito em um novo tipo de pai. O que troca fraldas, alterna com a mãe as madrugadas, dá banho, alimenta, leva os pequenos às festinhas, ao médico, sai correndo do trabalho se o filho caiu e se machucou, vai nas reuniões escolares, ou seja, participa de TODOS os compromissos da vida dos filhos. É aquele que de fato assume junto a segunda jornada que é a maternidade.

Consequentemente, nós, mães, assumimos também novos papeis, principalmente mais espaço no mercado de trabalho. E depende nós também abrirmos brechas. Isso não significa se descabelar, obrigar, mandar, mas criar espaço, fazer o pai sentir-se parte integrante do processo.

Pra mim esse episódio não passou de uma grande lição.

Meus avós

Considero-me uma pessoa de poucas lembranças de infância. Mas as que tenho são suficientes para saber que tive uma infância feliz e avós maravilhosos.

Minha memória é também mais olfativa do que outra coisa.

Lembro do sabor da água do filtro de barro da casa dos meus avós. Só existe em um lugar o mesmo sabor, na casa da tia Rosana, uma das filhas dos meus avós Biga e Roque.

Nunca fui fã de macarrão. Mas não esqueço das macarronadas famosas de Dona Biga. Os almoços de domingo com toda família reunida. E do meu avô trazendo sorvete Tablito para os netos antes do almoço e minha avó esbravejando “Roqueee, vai dar sorvete para as crianças!”.

Na casa deles tinham dois modelos de copos de plástico inesquecíveis. Um era o amarelo e o outro era o azul – o meu preferido. Se eu fecho os olhos, volto no tempo por um segundo e consigo sentir as borbulhas da coca-cola espirrando no meu nariz. Essa sensação, aquele cheirinho e gosto do refrigerante mais amado no mundo, o copo azul é um conjunto das lembranças mais fortes que tenho da casa dos meus avós paternos.

Eu poderia ainda falar da personalidade de cada um. Mas cada vez mais minha lembrança fica curta. Meu avô Roque era uma pessoa sábia, adorava ler, tinha um escritório cheio de livros, cujo cheiro também tenho lembrança. Vivia falando da importância de ler. E guardo dele dois presentes muito especiais, meus pequenos tesouros. Um atlas antigo com dedicatória dele e sua assinatura – que muitos acham a minha parecida com a dele (mas juro que não o plagiei). O outro é um recorte de jornal de uma matéria sobre meu avô materno, o Caxambu, que meu avô Roque teve a delicadeza de me dar também com dedicatória. Esse virou um quadro que estampa uma parede da minha sala.

Ah, não posso esquecer do pingente de moeda de 5 cruzeiros. Eles mandaram fazer para cada neta. Tenho a minha até hoje e durante minha gravidez foi meio que meu amuleto da sorte, não tirava.

Meu avô Caxambu, que nos meus 15 anos me deu um anel maravilhoso. Era enorme e eu só deixava guardado. Até que depois de seu falecimento, resolvi mandar diminuir e usar. Meu avô materno sempre fazia uma festa de aniversário muito elegante. Todo ano eu ficava ansiosa para comer a melhor bolinha de queijo do mundo. Igual aquelas, nunca mais comi. Meu avô Caxambu, ex-goleiro do São Paulo Futebol Clube e da Portuguesa, era todo garboso, fino, galanteadooooor!

Quando ele faleceu, lembro de estar no velório e ao me virar vejo dois velhinhos lindos descendo do táxi. Meus avós Roque e Biga…

Minha avó Biga hoje vive numa casa de repouso. Ela tem Alzheimer. Já está avançado e no ano passado ela ficou internada, teve problemas respiratórios, enfim…fomos visitá-las no domingo passado e senti uma tristeza imensa. Benjamin, que já entende mais as coisas ao redor, ficou impressionado. Não tirei fotos. Não quis registro. Quero guardar a lembrança de quando levei Benjamin para conhecê-la.

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Essa foto já tem quase dois anos. Quando minha avó viu Benjamin, eu a vi lúcida e feliz. Ele começou a choramingar e ela disse “o que esse menino está chorando? me dá ele aqui”. Era a Biga que eu conhecia. Foi a coisa mais incrível. Benjamin foi no colo dela, parou de chorar e ela sorria balançando a perna como que ninando seu bisneto.

Pausa.

Acho que vou terminar por aqui.

Avós. Seres especiais. Eles realmente adoçam a nossa vida.

E eu daria tudo pra viver só mais um domingo da minha infância com eles….

Um abraço em todos os avós.